Por Marcelo Barbosa
Acompanho – e participo – da vida pública do meu país há mais de 30
anos. Jamais tinha visto cenas de degradação tão lamentáveis quanto as de ontem
(8/12).
O escrutínio da denominada “chapa avulsa” para a comissão de impeachment
foi algo de provocar vergonha. E, também nojo.
Eduardo Cunha passou de todos os limites.
É hora de a sociedade dizer um basta; de perder o medo. Afinal onde
reside a força desse peculatário? Nos duzentos picaretas que ele controla na Câmara
Baixa (todos eleitos no regime do financiamento empresarial de campanha em boa
hora extinto).
Essa maioria – de ocasião – não pode pôr de joelhos toda uma nação.
Para além das diferenças político-ideológicas existentes entre os
brasileiros, deve prevalecer o respeito às regras do jogo democrático.
O que há de vivo nas instituições precisa reagir, imediatamente. Antes
que seja tarde. A ação conjugada do STF, do Poder Executivo, do Senador
Federal, da PGR, entre outras instâncias, mas principalmente da opinião pública,
tem condições de pôr fim ao reinado desse crápula.
Falta apenas decisão.
Marcelo Barbosa é advogado, diretor-coordenador do Instituto Casa Grande e
autor, entre outros, de A Nação se concebe por
ciência e arte – três momentos do ensaio de interpretação do Brasil no século
XIX
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