31 de agosto de 2015

No ar, a edição e AGOSTO do jornal Algo a Dizer


Já está no ar a edição de AGOSTO do jornal de Cultura e Política Algo a Dizer com o seguinte conteúdo:

1- Entrevista com João Pedro Stédile fala da necessidade de unidade dos trabalhadores para enfrentar a crise atual;

2- Ceci Juruá explica a influência persistente do Consenso de Washington em nosso país;

3- Resenha de Marcelo Barbosa do livro Um repórter na Montanha Mágica – como a elite econômica de Davos afundou o mundo, do jornalista econômico inglês Andy Robinson;

4- A partir da proximidade da manifestação unitária que ocorreu dia 20/8, Marcelo Barbosa realiza um breve comentário sobre conjuntura;

5- Claro, filme de Glauber Rocha, de 1975, é analisado por Guido Bilharinho;

6- Jorge Nagao homenageia Geraldo Vandré, que completa 80 anos em dezembro;

7- Ninguém leva a mãe a sério, um angustiante “Cotidiano”, de Maria Balé;

8- A crônica alegórica de Afonso Guerra-Baião Por quem as panelas batem?;

9- Alexandre Brandão presta uma homenagem à malandragem em sua crônica;

10- A habilidade do artezanato com a palavra, na crônica de Antonio Barreto;

11- Uma bela lembrança do Dia dos Pais, na crônica de Cinthya Nunes;

12- O humor de A irmã do Pigmeu, crônica de Leonel Prata;

13- As sensibilidades de Marilena Montanari na crônica Ops, meu filho é vegano!;

14- A falta de chuva são oportunidade para as lembranças de Sergio Antunes;

15- As divertidas histórias de dona Lourdinha e Clô na crônica de Valéria Lopes;

16- O conto de Vivian Pizzinga Vou ser fumante agora e a auto-estima feminina;

17- O humor do soneto de Luca Barbabianca Libido fardada;

18- O olhar além da futilidade no poema Esgrima, de Adriane Garcia;

19- Em seu texto Sincronia e transformação, José Luís Fiori fala das transformações geopolíticas por que passa o mundo no atual momento.

Um abraço e boa leitura

Kadu Machado

(21) 99212-3103

14 de agosto de 2015

Breve comentário sobre a conjuntura

Por Marcelo Barbosa 

Tenho acompanhado as postagens a respeito do atual quadro político enviadas por alguns companheiros. Gostaria de dar meus palpites, também:

1- Creio que a conjuntura perdeu parte dos elementos de tensão que vinha exibindo desde o início do ano. O espaço para soluções extralegais, como o impeachment, se estreitou. O que me parece positivo.

2- Em boa parte, a redução da margem de manobra dos golpistas se deve à atitude do governo do PT e de seus aliados de não permitir o estreitamento das suas bases de aliança, o que vem permitindo disputar o PMDB com o deputado Cunha.

3- De mais a mais, as movimentações para a formação de uma grande frente progressista e da organização do ato do dia 20 de agosto sinalizaram a disposição do sindicalismo e dos movimentos sociais de defenderem a legalidade democrática e os direitos coletivos. 

4- A persistência do clima de instabilidade política também começou a prejudicar os interesses do empresariado que necessita de regras claras para encaminhar o processo de acumulação de capital.

5- Enfim, nada está ganho e nada está perdido. Apenas novos problemas se apresentam: agora, em vez da agredir as instituições democráticas, a representação política do grande capital vai tentar desvirtuá-las, principalmente através da pressão sobre o congresso. A agenda proposta pelo senador Renan já anuncia esta nova atitude. É de se esperar também alguma movimentação extra nos trabalhos da operação lava-jato.

6- Salvo equívoco, nossa tática deveria permanecer a mesma: a luta, em todos os níveis, pela legalidade democrática e por uma uma nova agenda econômica de caráter não recessivo.

Marcelo Barbosa é advogado, doutor em Literatura Comparada pela UERJ e diretor-coordenador do Instituto Casa Grande e autor, entre outros, de A Nação se concebe por ciência e arte – três momentos do ensaio de interpretação do Brasil no século XIX