21 de junho de 2013

Pequena avaliação da manifestação de quinta (20/6/2013)

Estive ontem nas ruas, na passeata do Rio, e posso dizer: estamos perdendo (ou já perdemos) qualquer chance de jogar uma papel positivo nas manifestações em curso no país.

O que é pior, o MPL (Movimento do Passe Livre), também.

De um lado, esta organização de jovens está emparedada pelo assédio das correntes defensoras da ação direta e do quebra-quebra (um anarquismo mal digerido, em suas diferentes versões); e de outro, há uma metástase de direita moralista nos protestos cuja principal inspiração é a grande mídia (Organizações Globo à frente).

Quem, como eu, participou da passeata de segunda, quando o eixo era o da denúncia do descalabro das tarifas de transporte e a do desvio de verbas públicas para os grandes eventos, como Copa e Olimpíada, ficou chocado ao perceber que, em apenas quatro dias, o foco dirigiu-se para campanha contra a Política, encaminhada por uma UDN de sandálias havaianas.

Kadu Machado, coordenador do Núcleo Celso Furtado, do PT-RJ

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