Quando vejo anjos
de cachos barrocos
fazendo caras e bocas
entre as nuvens do altar
de uma igreja em Ouro Preto,
quando encontro algum profeta
fingindo ser estátua,
ou quando chego perto
dos Passos de Congonhas,
me ponho a imaginar
como foi que Aleijadinho
de suas tristes mãos
fez varinhas de condão
e trouxe para a vida
a arte adormecida
no silêncio da madeira
e da pedra-sabão.
Ângela Leite de Souza é escritora e ilustradora, associada à AEILIJ
- Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, à ABIPRO
- Associação Brasileira de Ilustradores Profissionais e à FNLIJ - Fundação
Nacional de Literatura Infantil e Juvenil
Ângela, maravilhosa poesia. É de se fazer um silêncio profundo ao ler cada verso e se vestir do encantamento que a obra de Aleijadinho proporciona.
ResponderExcluirUm beijo pra você. Valéria S. Dantas Lopes